Olá meus amores, tudo bem? Espero que sim.
Esse ano eu tenho assistido poucas séries e filmes, estou muito focada em
ler os vários livros em anos passados e estão me esperando na estante mas,
quando vi uma recomendação dessa minissérie na Netflix, fiquei interessada e
resolvi assistir. Hoje vamos conversar sobre a minissérie
"A Vida e a História de Madame C. J. Walker", uma história pouco
conhecida que foi no livro “On Her Own Ground”, escrito pela trineta
da Madame C. J. Walker chamada A’Lelia Bundles. Mesmo sendo baseada em fatos
reais, muitas situações apresentadas não aconteceram de verdade, foram
colocadas ali para aumentar a audiência. Além dessas mudanças na história,
colocaram atores negros conhecidos como Octavia Spencer, para interpretar a
protagonista.
Sarah Breedlove, ficou mais conhecida como Madame C.J. Walker, nasceu em 23 de Dezembro de 1867 em Delta, Louisiana, nos EUA. Em sua época, os EUA viviam uma forte transformação, após o fim da Guerra Civil americana, que fez com os EUA abolirem a escravidão. Segundo Marasciulo (2020), a protagonista casou-se pela primeira vez os catorze anos, tentando escapar do relacionamento abusivo da casa dos tios onde viva. “Aos 14 anos, para escapar do ambiente opressivo, casou-se com Moses McWilliams e em 1885, aos 18 anos, teve a primeira e única filha. McWilliams morreu dois anos depois, e Walker chegou a casar novamente, mas pouco tempo depois se separou. Mudou-se para o Missouri, onde trabalhava como lavadeira e ganhava US$ 1,50 por dia. Lá, conheceu Charles Joseph Walker, um vendedor de anúncios de jornais, com quem se casou em 1906 e ficou conhecida como Madam C.J. Walker.” (MARASCIULO, 2020).
A minissérie é composta por apenas quatro episódios com
aproximadamente 47 minutos cada, são separados por
temas que vão aos poucos revelando um pouco sobre a
vida da protagonista: primeiro “A briga do século”, segundo
“Cada um por si”, terceiro “A garota Walker” e quarto
“Créditos para a raça”. Onde o primeiro capítulo é bem
introdutório, contando sobre a vida da protagonista, como
conheceu o marido C.J. Walker e a ex-melhor amiga Addie
Munroe e principalmente, como elas se tornaram inimigas. Não
achei correto o roteiro ter deixado entendido, logo no
início que uma das mulheres é a boa e a outra a vilã da
história, quando sabemos que o ser humano pode fazer
escolhas boas e ruins durante toda sua vida, afinal estamos
falando de vida real e não contos de fadas.
As desavenças entre as duas mulheres acontece quando Sarah
decide ser revendedora dos produtos da Addie, que deseja a
amiga apenas como lavadeira e utiliza mulheres pardas, com
cabelos enrolados para conseguir mais clientes. Como foi
rejeitada começa a fazer o seu próprio “elixir capilar” com
o apoio do esposo o C. J. esposo Walker que lhe deu a ideia
de usar o nome “Madame C. J. Walker” nos produto dela. A
série deixa subentendido que o esposo deu a ideia porque
estava com ciúmes e inveja dela, e naquela época os homens
tinham um sentimento de posse sobre as mulheres, e tinham a
obrigação de serem os provedores da família, por isso,
causava problemas uma mulher ganhar mais dinheiro que se
marido.
Os episódios seguintes, mostram Sarah tentando alcançar os
seus sonhos em outra cidade, todos os esforços que faz para
construir sua fábrica de produtos capilares, ensinar as
mulheres a trabalharem e conquistar o seu próprio dinheiro.
operações são expandidas e tomam proporções enormes,
precisando da ajuda de várias pessoas, primeiro apenas a
família auxilia no manufaturação dos produtos mas, logo
depois, são contratadas e ensinadas outras pessoas, que
passam a receber pelo trabalho, é importante frisar que a
maioria dos trabalhadores da empresa de Sarah eram
mulheres.
Minha Opinião
Eu gostei muito de ter assistido essa minissérie, mesmo ela sendo
baseada na vida da protagonista durante os episódios vamos
acompanhando alguns personagens coadjuvantes, que possuem problemas
reais, que devem ser discutidos sempre, como: depressão, traição,
estupro, casamento forçado, divórcio, homossexualidade, identificação
racial, falsidade ideológica, entre outros. Os atores estão
fantásticos em suas atuações, passando muita verdade durante as cenas
de tristeza, alegria e racismo entre pessoas negras, eu fiquei com
aquele sentimento agudo no peito sabe? Vontade de chorar assistindo
uma personagem ser humilhada, apesar de não saber se aquilo realmente
aconteceu.
Meus maiores problemas com o roteiro foram dois: primeiro, a
insistência em colocar duas mulheres negras, uma contra a outra desde
o início e no final, tudo ser resolvido com uma simples conversa! Poxa
vida, se o problema era tão fácil de ser resolvido porque demorou
tanto? Ficou algo muito superficial para mim. Chegando assim no meu
segundo problema, que é justamente o final da história, aquele último
capítulo onde tudo é resolvido como mágica, parece que faltou tempo,
dinheiro ou até mesmo interesse para produzirem mais um episódio e
fecharem a história com "chave de ouro".
Essa foi a minha indicação para vocês, leitores! Espero que tenham
ficado interessados em assisti-la. Até amanhã, não esqueçam de visitar
os outros blogs que estão participando do BEDA.
Acompanhe também:
Adorei sua dica de série, eu coloquei a mesma na minha lista e acabei me esquecendo dela, vou entrar na minha conta agora porque quero muito conhecer melhor essa história!
ResponderExcluirOi, tenho certeza que vai gostar da série! Não esquece de me contar o que achou.
ExcluirOlá Vivi, eu também achei a série curtinha demais, tudo foi resolvido do nada. Por outro lado, ela foi bastante significativa pra mim porque mostra como mulheres negras foram e são fortes desde sempre, é sensacional. Adorei conferir sua opinião a respeito.
ResponderExcluirOi Dayhara, fico feliz que tenhamos a mesma opinião sobre a série, queria muito um final mais elaborado.
ExcluirDesde "Histórias cruzadas" venho acompanhando o trabalho da Octavia Spencer, fico feliz por ela está alcançado papéis de destaque, isso é bastante significativo para indústria e faz jus ao talento dela. Pelo que relatou a minissérie tem problemas de roteiro, algo bem comum na Netflix, acredito que por focarem em quantidade, os roteiros saem apressados, sem um tempo de maturação que a obra necessita, uma pena, porque na hora das premiações isso prejudica.
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