Olá pessoal, tudo bem com vocês? Espero que sim.
Desejo que todos estejam com muita saúde, paz e alegria no coração neste final de ano e principalmente esperançosos para a chegada de 2021, eu estou! Hoje começo a encerrar os desafios que realizei (ou tentei realizar) durante o ano, nos próximos dias quero fazer os balanços de leituras, metas que foram cumpridas ou não, entre outras análises que sempre faço na minha vida pessoal e profissional.
Vou começar pelo desafio favorito do ano (Re)conhecendo o Brasil através da leitura - literatura negro-brasileira em 12 livros, mais conhecido como “Lendo Escritores Negros Brasileiros”, criado pela Camilla Dias, infelizmente, só conheci o trabalho dela em maio, o que prejudicou que eu acompanhasse todas as categorias. Ele se resume na leitura de doze livros, que seriam encaixados em doze categorias diferentes, com a regra de serem escritos por autores (homens ou mulheres) negros e brasileiros. Há três anos venho focando minhas leituras em livros escritos por mulheres, negros, nacionais contemporâneos e outras minorias que tem diversificado muito a minha maneira de pensar e ver o mundo.
1) Poesia: Tudo Nela Brilha e Queima
Realizei a leitura desse livro, porque descobri que a escritora Ryane Leão nasceu em Cuiabá, capital do estado onde eu moro Mato Grosso. foi a primeira vez que me vi representada em uma poesia, aquelas palavras me emocionaram muito e me fizeram lembrar de várias situações da minha juventude. Ryane tem o dom de falar com as mulheres negras, contando em versos curtos os temores da nossa alma. (Resenha)
2) Clássico: Quarto de Despejo
Esse livro na verdade é o diário da autora Carolina Maria de Jesus, que morou muitos anos na Favela do Canindé em São Paulo. Fiquei muito emocionada com a história da Carolina, com a maneira desumana dos governantes brasileiros tratarem os moradores de favelas naquela época e também agora, uma vez que a situação não mudou. (Resenha)
3) Contos ou Crônicas: Um Exu em Nova York
Eu conheci o trabalho da autora Cidinha da Silva, através do meu trabalho na Revista World Books Review, onde apresento aos leitores escritoras negras brasileiras. Cidinha tem uma escrita fluída e suas obras abordam temas como: cotidiano, política, crise ética, racismo religioso, perda generalizada de direitos (principalmente por parte das mulheres), negros e grupos LGBT, entre outros.
6) Escritores independentes: A Noite Cai
Descobri esse livro através de uma live de sprint do Geek Freak, onde a autora Camila Cerdeira estava participando e comentou sobre a liberação da história no Kindle Unlimited. Esse conto possui romance, aventuras e vários personagens do folclore brasileiro, sendo mostrados de maneiras interessantes e diferentes do que eu conhecia.
7) Teoria: Pequeno Manual Antirracista
Esse foi o ano que mais li e comprei livros teóricos sobre racismo, sexismo, machismo, feminismo negro e outros que pretendo ler ano que vem. O pequeno manual antirracista foi escrito pela Djamila Ribeiro, que está constantemente falando sobre racismo e outros temas nas redes sociais. (Resenha)
8) Infantil: Amoras
Eu gostei muito desse livro do Emicida, não conhecia a escrita dele e só descobri por que o e-book ficou gratuito na amazon. Uma história simples e necessária, meu desejo é que todas as crianças negras pudessem se sentir felizes com a sua vida, orgulho da sua cor e vivessem em um mundo sem racismo.
9) Premiado: Olhos D'agua
Última leitura do ano e com certeza entrará na minha lista de favoritos! Foi a minha primeira imersão nas histórias da Conceição Evaristo, pretendo comprar outros livros dela e continuar admirando o seu trabalho, ficaria mais feliz se ela ganhasse outros prêmios literários para alavancar ainda mais sua carreira.
10) LGBTQIA+: Pétala
Esse ano eu consegui sair da minha zona de conforto e ler histórias de gêneros totalmente diferentes, começando com os contos da Olívia Pillar que aborda de uma maniera simples e bonita um relacionamento lésbico, consegui me emocionar com a história das protagonistas.
11) Biografia ou Memórias: Na Minha Pele
O ator Lázaro Ramos escreveu as suas memórias de uma maneira bonita e emocionante, com o objetivo de conscientizar os leitores sobre o racismo no Brasil. Eu fiquei muito feliz e imersa nessa história, porque ele indica muitos livros, filmes, músicas e conversa sobre a criação dos filhos em meio a uma sociedade preconceituosa, machista e racista. Com certeza, entrou na minha lista de melhores leituras.
Recomendo muito a leitura de todos esse livros e peço que conheçam o trabalho da Camilla Dias no instagram. Vamos conversar nos comentários.