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“Os livros geralmente não retratam pessoas como eu, então fiz meu próprio registro”, contou ao público. “Os poucos personagens negros que existem, ainda são estereotipados ou associados a tudo de ruim a que se pode comparar uma pessoa.”(Fala da autora para o site Palmares).
Nossa, faz bastante tempo que não venho aqui conversar com vocês sobre as minhas leituras mas, como estou trabalhando em Home Office, tem ficado dificil para um pouquinho para escrever. Em 2019, comecei a participar de um projeto muito bacana, criado pela Camila Navarro "Projeto Volta ao Mundo em 198 Livros", coloquei uma data para começar mas, nenhuma para terminar. O objetivo é conhecer histórias sobre outros países, escrito por autores locais do lugar e que descreva um pouco da natureza local.
Há muitos meses não escrevo nenhuma resenha referente ao projeto, mas, continuo engajada em conhecer novos países através da leitura e para novembro, escolhi a autobiografia escrita através de contos, do autor israelense Etgar Keret "Sete Anos Bons", uma leitura interessante e cansativa ao mesmo tempo.
Sinopse: Se um foguete pode cair sobre nós a qualquer momento, de que importa botar o lixo para fora? E os pássaros do jogo Angry Birds, lançados em velocidade máxima contra frágeis caixotes, não lembram um pouco terroristas raivosos? Com uma ironia peculiar, Etgar Keret relata neste livro sete anos de sua vida em Tel Aviv, combinando episódios da rotina privada com um olhar atento às tensões e aos conflitos da região. Em pequenos relatos autobiográficos, semelhantes aos contos que fizeram sua fama mundial, Keret narra o nascimento de seu filho, a história de sua irmã ultraortodoxa e seus onze filhos, a trajetória de seus pais para escapar do Holocausto, encontros com taxistas raivosos, noitadas literárias agitadas e a inusitada brincadeira em que se transforma o comportamento adotado durante uma ameaça de bomba.|Editora:Rocco|Páginas: 192| Ano: 2015| Gênero: Autobiografia, Literatura Israelense|*E-book Acervo Pessoal|Nota: ★★★
"No Oriente Médio, as pessoas sentem sua mortalidade mais do que em outros lugares do planeta, o que leva a maior parte da população a desenvolver tendências agressivas para com estranhos que tentam desperdiçar o pouco tempo que lhes resta na Terra". (Posição 130)Conforme fui realizando a leitura, me acostumei com as diferenças existentes entre Israle e o Brasil, não consegui compreender como os moradores conseguem dormir, com uma guerra acontecendo ao seu lado. Mesmo assim, as melhores partes da história são aqueles onde o autor apresenta todo o contexto político/social de Israel e os sintomas de uma guerra (nem tão) silenciosa constante que vive circundando seu pequeno mundinho.
Recomendo muito a leitura, porque o autor vai nos mostrando como está a sua vida, da sua família e amigos enquanto vivem ao lado de uma guerra interminável. Ele sempre se posicionando a favor do fim da guerra mas, ao mesmo tempo é favor do filho Lev ir se alistar no exército quando tiver a idade correta, algo que gerou uma discussão familiar intensa. Parece que os filhos são criados para serem guerreiros, adorarem seu país e fazerem todo o possível para defendê-lo enquanto isso, a população precisa ficar em casa e esperar tranquilamente a vitória ou a derrota.
"Meu pai sobreviveu ao Holocausto e chegou aos 83 anos. Este copo não está só pela metade, ele transborda. Não quero chorar. Não neste táxi. As lágrimas se acumulam e logo começam a escorrer. Repentinamente ouço um estrondo e barulho de janela quebrando. O mundo em volta de mim se faz em pedaços." (Posição 1.267)
Olá queridinhos, tudo bem com vocês? Depois de trinta e um dias de B.E.D.A, precisei tirar umas férias do blog, motivos: volta ao trabalho, novos projetos e vida pessoal! Hoje venho indicar uma antologia de contos africanos chamada "Contos Ancestrais de Mulheres Valentes", organizado pela autora nacional Susana Ventura e disponível apenas em e-book. Eu conheci a história e a autora, através da live do Humberto do canal Primeira Prateleira, onde ele conversou com as autoras Maria Valéria Rezende, Susana Ventura e Jaci Aragão.
Susana Ramos Ventura é mestre (2001) e doutora (2006) em Letras pela Universidade de São Paulo na área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa e Literatura para Crianças e Jovens. Atualmente está vinculada ao Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) da UFRJ, desenvolvendo trabalho de pós-doutorado. Pesquisadora ligada ao CLEPUL (Centro de Estudos de Literaturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa) e ao CRIMIC (Centro de Investigação sobre os Mundos Ibéricos Contemporâneos) – Sorbonne, Paris IV.
Sinopse: Durante muito tempo a valentia das mulheres ficou de fora dos contos populares mais conhecidos. Este livro é diferente: reúne histórias ancestrais ainda não conhecidas no Brasil, recontadas numa linguagem envolvente. Nele sabedoria, intrepidez e aventura andam lado a lado para mostrar que contos ancestrais de o desafio de viver é único e melhor quando escutamos todas as vozes e ousamos saber mais. |Editora : Quase Oito| Páginas: 67|
MINHA OPINIÃO
A antologia começa explicando o significado de "valentia" descrito no dicinário brasileiro apesar, de ser um substantivo feminino, durante muitos anos foi associado ao gênero masculino, ou seja, aos homens. Ele é composto por sete contos de diferentes países africanos: A mulher sábia e o marido imprudente (Hutus, Ruanda), Os dois pretendentes (Sudão), O bebê de barro (Bosquimanos Xun, África do Sul), A bela garota elefante e sua avó muito amorosa (Bosquímans Ju Hoansi, Namíbia), As asas roubadas (Hausa, Chade), A ogra e a memina (Masai, Quênia) e Quem é mais astucioso? (Berberes, Tunísia).
Eu entendi as histórias contadas nessa antologia como "Contos Folclóricos" ou "Fábulas" africanas, aquelas passados de maneira oral de geração em geração, onde no final tem um ensinamento ou advertência, como por exemplo, a história do "Velho do Saco". No caso dos contos, as jovens são ensinadas desde cedo a obedecerem/respeitarem os ensinamentos dos mais velhos, serem inteligentes e observadoras, acreditarem que a mágia do amor vence tudo, até mesmo a morte.
As protagonistas são mulheres inteligentes e astuciosas, que utilizam da valentia interior para superarem as adversidades que aparecem, as vezes com ajuda de outras mulheres ou seres mágicos, sempre saindo dessas aflições melhores do que antes. Como as histórias que contamos para as crianças sobre obediência, amizade, etc; essas são contadas de um jeito mágico para ensinar jovens mulheres sobre amor, empoderamento, companheirismo, empatia, etc. Não consegui escolher qual o melhor conto, achei todos sensacionais.
Até mais meus amores! Vamos conversar nos comentários💜
Hoje é o último dia do B.E.D.A e estou muito feliz! Não imaginava que conseguiria chegar nesse dia com aquele sentimento de missão cumprida, por ter conseguido ser criativa e organizada durante trinta e um dias do mês, consegui aprender muita coisa sobre mim em agosto e como meu cérebro está funcionando na quarentena.
💙O Hobbit está na categoria dos livros que eu gostei mas, não amei e prefiro os filmes com todas as suas modificações. O enredo é muito lento e repetitivo, algumas vezes chegando a ser previsivel demais. Confesso que fiquei surpresa com a facilidade de compreensão que tive do livro, porque sempre me disseram que os livros dele são difíceis, complexos e possuem muitos personagens (o que não deixa de ser verdade) mas, achei ela fluída e muito descritiva.
💙O Projeto Rosie até agora eu não acredito que realizei essa leitura e me apaixonei pelos personagens! Subestimei muito esse livro, foi daqueles que eu peguei achando que seria um romance clichê, sem uma história legal e eu acabaria dando para algum amigo mas, aconteceu justamente o contrário, porque a história é muito interessante, profunda e aborda uma síndrome que eu não havia lido em nenhum romance.
Hoje é o penúltimo dia do B.E.D.A e estou muito feliz! Não quero falar sobre livros mas, quero deixar um poema enviado para mim pelo meu marido, na época namorado. Ele me reflete o ano que estamos vivendo, as vezes quando estamos com nossas famílias, esquecemos que a pandemia está ao nosso redor, até que, recebemos a notícia de que um amigo ou conhecido morreu por causa do COVID-19.
"Essa semana assisti uma série nacional chamada "Assédio", fiquei apaixonada pela qualidade da produção e a interpretação dos atores, sempre muito profissionais e realistas. Indiquei ela para algumas pessoas de um grupo que participo, onde temos liberdade para indicar séries, filmes ou livros mas, fiquei surpresa quando a maioria afirmou não assistir ou ler produções nacionais, alegando que não possuem boa qualidade".
"O livro é um produto de elite, logo, quem compra pode pagar um preço maior." (Paulo Guedes Ministro da Economia).
O mercado editorial para muitos é um sonho, e para nós não poderia ser diferente, é um lugar onde conhecemos pessoas incríveis, tivemos experiências e como toda relação, algumas não tão boas, mas indiferente de qualquer coisa, amamos o que fazemos, com quem fazemos e porque fazemos, e isso por si só para nós é um privilégio. Quando criamos a revista, a ideia é que sempre seria gratuita, levando para as pessoas conhecimento e conteúdo de qualidade e está cheio de gente querendo passar isso para as pessoas, transmitir algo bom e mostrar que neste mundo nem tudo é movido por dinheiro, existem pessoas que ainda acreditam em ideais, que acreditam que deve se fazer algo pelas pessoas pelo simples fato que a vida tem sentido quando fazemos algo para alguém. A revista World Book Review decidiu mudar seguindo este conceito, não se limitar apenas ao mercado editorial, mas também à literatura como um todo, acrescentando Games, Mangá, literatura nacional, internacional, filmes e tudo o que se pode acrescentar de alguma forma a escrita. Então, saibam que nossa revista que está renascendo sob esse conceito, queremos que as pessoas sejam tocadas em suas almas por outras almas, que se apaixonem pelas palavras aqui escritas porque escrevemos com paixão, queremos que as pessoas sejam barcos à vela conduzidos por um vento que nos leve a um lugar maravilhoso que o mundo da literatura pode nos levar.|Editora: Independente|Ano: 2020|Páginas: 122|
Hoje trouxe a entrevista que realizei com uma autora jovem e muito querida, a Larissa! Ela está entrando no mercado editorial esse ano, através de um conto publicado numa antologia organizada pela editora Sinna.
Biografia: Meu nome é Larissa Aguiar! Tenho 25 anos, sou Bibliotecária Documentalista de formação e atualmente trabalho como revisora de textos, também já fui blogueira literária (@porlivrosincríveis). Nunca sei o que falar sobre mim, essa é a verdade, por isso sempre acabo com o mesmo discursinho clichê de sempre: sou uma apaixonada por livros (e gatos) que faz piadas sem graça e não sabe muito bem o que quer fazer da vida
Mas fui blogueira literária por muito tempo e pude ver que, embora a literatura estrangeira ainda seja maioria, a literatura nacional vem crescendo e, principalmente, sendo abraçada com muita força pelos leitores; o que fez as editoras também começarem a olhar com mais interesse para as histórias e escritores nacionais.