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Olá amores, tudo bem?
A coluna “Conhecendo Escritoras Negras” desse mês, está indicando a jornalista esportiva e autora negra Eliana Alves Cruz, nascida no Rio de Janeiro, em 1966. Graduou-se em Comunicação Social pela Faculdade da Cidade em 1989. Fez pós-graduação em Comunicação Empresarial na Universidade Cândido Mendes. Trabalhou como gerente de imprensa da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos e cobriu 15 campeonatos mundiais, seis Jogos Pan-Americanos e seis Jogos Olímpicos. Como escritora, possui quatro livros publicados, sendo que “Água de Barrela” ganhou o Prêmio Oliveira Silveira de romances da Fundação Cultural Palmares/MinC em 2015 e o seu livro “O crime do Cais do Valongo” foi semifinalista do Prêmio Oceanos 2019. 
“Os livros geralmente não retratam pessoas como eu, então fiz meu próprio registro”, contou ao público. “Os poucos personagens negros que existem, ainda são estereotipados ou associados a tudo de ruim a que se pode comparar uma pessoa.”(Fala da autora para o site Palmares).
Conheci o trabalho da autora em janeiro de 2020, quando a booktuber Camila Navarro publicou uma resenha em vídeo sobre “Água de Barrela” (Editora Malê), o primeiro romance da autora, que demorou seis anos para ser publicado e envolveu muita pesquisa familiar e científica, confirmação de informações e conversas com a tia-avó que sofre de esquizofrenia, essas conversas mudaram o rumo da história desenvolvida pela autora, e tenho certeza que mudaram o seu modo de viver a vida. Como a história do livro acompanha a vida de uma família escravizada, temos pontos de vistas diferentes, particularidades sendo reveladas, mulheres fortes sendo apresentadas como ponto central da história, tudo isso, escrito de uma maneira envolvente e muito fluída, Eliana, utilizou de todos os recursos narrativos para prender os leitores até o final do livro.

OBRAS

   
 
Outro livro que está sendo muito indicado nos blogs literários e clubes de leituras negras, é o seu novo romance "Nada digo de ti, que em ti não veja" (Pallas Editora), uma história ambientada no ano de 1732 na cidade do Rio de Janeiro, um romance histórico que aborda temas polêmicos como a exposição do apartheid brasileiro, a transexualidade pouco falado em história de época, fake news, fanatismo religioso, entre outras questõs atuais, que sempre estiveram presentes na nossa sociedade mas, não eram comentadas abertamente como hoje.

Eu recomendo muito a leitura de livros escritos por autores nacionais, principalmente, autores negrxs, autores indígenas, autores da comunidade LGBTQIA+, autores independentes, enfim, autores nacionais que precisam da nossa ajuda para divulgar os seus livros e continuar escrevendo histórias incríveis sobre o nosso país.

Contatos com a autora:
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8 Comentários

  1. Apaixonantes os temas dos livros dela que você comentou. Me apaixonei e já estou anotando na lista de leituras!

    Abraços!

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  2. Gosto muito de posts assim porque durante boa parte da minha vida de leitora eu não me atentava muito aos autores que eu lia, no sentido de representatividade. Só a pouco tempo comecei a buscar ler mais livros escritos por mulheres, negros, LGBTQIA+. Então posts com dicas assim são sempre bem vindos. Fiquei interessada em ler "Nada digo de ti, que em ti não veja", incluí na minha lista.

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  3. Nossa, só pelas temáticas que ela aborda, já vi que é uma autora incrível! Fiquei curiosa pelo novo romance, que você citou, e já vou anotar a dica aqui (muito obrigada <3)
    E concordo contigo, devemos ler e apoiar nossos autores, que estão aí fazendo trabalhos incríveis!
    Abraços e ótima semana.
    Isabelle
    https://lendocomosgatos.wordpress.com/

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  4. Olá minha cara, não conheço essa autora, mas gostei do título do romance dela. Vou pesquisar. Sabe que eu nunca parei e pensei nas leituras que faço a respeito de representatividade porque eu gosto de ler e se o livro me seduz, o leio. Mas não estabeleço relação com o escritor. Nem sempre sei quem estou a ler. A cor, o gênero. Apenas leio. Tive fases de russos, ingleses, franceses e brasileiros. Ainda não chegou na parte do Norte, embora tenha lido King e Susan Sontag. Mas eu sempre preciso fazer o exercício de saber quem é o autor e, confesso, que às vezes, escapa.
    Mas é bom saber que há mulheres emergindo nesse mar tão masculino (ainda).
    bacio

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  5. Nossa muuito obrigada pelo post, pois não conhecia a autora mas super me identifiquei! Também sou da comunicação e adorei as obras dela. Já vou adicionar na minha lista de desejos! Parabéns pela coluna, voltarei sempre aqui para conhecer novas escritoras <3

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  6. Obrigada pelas recomendações. Desde ano passado estou mudando os meus hábitos literários e tenho amado conhecer novos autores

    Sai da Minha Lente

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  7. Nossa, a escrita dessa autora deves ser forte e com muita originalidade. Gostei demais de conhecê-la. Espero poder ler alguma obra de sua autoria em breve.

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  8. Oi, Vivi! Que projeto mais bonito e empoderado! Parabéns! Também super valorizo a literatura nacional e o enfoque à representatividade! Quero continuar a acompanhar!
    Que seu 2021 seja de luz e sucesso!

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