[Resenha 05] A Guerra que Salvou a Minha Vida - Kimberly Brubaker Bradley #dia17

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Hoje vim conversar sobre o primeiro livro que  eu li do selo DarkLove pertencente a editora DarkSide Books que sempre produz edições lindíssimas das suas obras. Como esperado o livro tem capa dura, cores vivas com detalhes imitando retalhos, páginas amareladas e papel nobre facilitando ainda mais a leitura, além disso, como a estória é narrada pela protagonista Ada que tem apenas dez anos possui algumas imagens de crianças refugiadas para fortalecer a narração. 

Conheci a escrita da Kimberly Bradley esse ano, ela já entrou para minha lista de autoras favoritas e quero voltar a ler outras obras dela, gostei muitíssimo de como o livro aborda o tema da rejeição familiar e processo de adaptação a uma nova família, alguns capítulo me deixaram muito irritada, mas, no geral gostei muito do desenvolvimento da história.

Sinopse: Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando.Os possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor. Título: A Guerra Que Salvou a Minha Vida |Autor: Kimberly Brubaker Bradley |Editora: DarkLove|Páginas: 240|Ano: 2017

Resumo

O livro começa contando como é a convivência da Ada e seu irmão Jamie com a mãe em Londres, morando em um pequeno apartamento sujo e maltratado pelo tempo. A menina é rejeitada pela mãe por ter uma deficiência no pé, passa a vida trancada dentro do apartamento e sendo o saco de pancadas da mãe. Jamie é o filho querido e amado pela mãe, um menino de seis anos que idolatra ela acima de tudo. Enquanto Jamie, tem direito de ir para a escola e brincar com outras crianças do bairro, Ada tem uma cadeira próxima a janela, por onde, ela vê o mundo ou melhor uma parte do bairro.

A história tem como plano de fundo, a Segunda Guerra Mundial e o governo decideu enviar as crianças de Londres para o interior, devido às ameaças de um ataque a bombas mas, a mãe deles cadastra, apenas o Jamie. Ada continuaria com a mãe, passando seus dias trancada no apartamento, sendo humilhada, espancanda e servindo de empregada para ela. Por isso, as duas crianças resolvem fugir enquanto a mãe dorme, começar uma nova vida no interior do país. O mais importante aqui, é que a menina tem certeza que sua mãe sente amor por ela, que sentirá sua falta em algum momento e enviará uma carta pedindo para eles voltarem.

"Gente boa odeia esse pé horroroso." A Srta. Smith soltou uma risada curta e áspera. "Então você está com sorte, porque de boa eu não tenho nada."

Depois da longa viagem para o interior eles são acolhidos pela solitária e amargurada srta. Smith que há alguns anos atrás perdeu sua melhor amiga e ainda não consegue se recuperar emocionalmente, ela vive uma luta diária dentro de si, no começo ela não queria aceitar as crianças de jeito nenhum, por vários motivos incluindo a total falta de jeito para cuidar de crianças e a sua instabilidade emocional.

Cada capítulo depois vai apresentando o desenvolvimento que as duas crianças estão tendo morando com a Susan Smith, mesmo ela não sabendo como cuidar deles faz o que pensa ser o melhor todos os dias, ex:lendo para eles todas as noites, levando eles na igreja aos domingos de manhã (mesmo não ficando lá), preparando três refeições deliciosas por dia, ensinando boas maneiras para eles etc; infelizmente tudo isso não é bem aceito por Ada e Jamie que estão com os corações muito magoados depois de tanto sofrerem com a mãe. Jamie tem algumas crises de choro e quer voltar para Londres a todo custo, começa a urinar na cama, parar de comer, entre outras birras, até que ele encontra um gato que o ajuda a melhorar seu comportamento.

Minha Opinião

Eu não consigo compreender qual a intenção da autora, quando transformou a Ada em uma menina arrogante e mal agradecida, ela foi maltratada pela mãe durante dez anos mas, agora, que recebe carinho e amor, não consegue aceitar? Não concordei com essa parte e até pensei em desistir do livro, algumas vezes. Mas, acontece que ele aborda temas muito importantes como: rejeição familiar, maus-tratos a crianças, bulling, entre outros. Minha personagem favorita, é a senhorita Susan uma mulher simples e solitária, que recebe duas crianças desconhecidas em sua casa e mesmo com as dificuldades de comunicação, faz tudo o possível para cuidar bem delas.

Fiquei sabendo que a editora irá publicar uma continuação, não acredito que ela seja necessária, porque para mim a história foi bem finalizada. Espero que nessa continuação outro personagens apareçam e tenham mais informações sobre a guerra, porque livro retratar muito bem as consequências dela na vida de pessoas simples e com poucas condições financeiras durante a guerra mas, quero saber como será agora que ela terminou. 

A edição da editora DarkLove é muito linda, com direito a capa dura, páginas grossas e foscas, várias gravuras lindíssimas. Recomendo que vocês leiam e tirem suas próprias conclusões da história, eu emprestei esse livro para dois alunos meus, um deles abandonou o livro por causa da Ada e o outro teve a mesmo opinião que a minha mas, conheço vários leitores que amam a história.

Espero que tenham gostado do post e voltem sempre! Recomendo que leiam o livro e deixem a opinião de vocês no comentários, beijos e abraços a todos ❤