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Olá pessoal, amores! Como vocês estão? 
Hoje, trouxe a entrevista que realizei com o Walter Niyama, autor contratado da editora Pendragon, escritor do gênero fantástico e possui uma mente brilhante, além de ser muito jovem! Olha, confesso que fiquei muito feliz enquanto realizava a leitura do seu livro "O Mistério dos Suicidas" porque, a qualidade da escrita e o desenvolvimento da história, foram escrito de maneira impressionante para alguém tão jovem. Ah, o Walter possui um canal no youtube muito legal, onde expressa a sua opinião de leitor para o público.
Biografia: Meu nome é Walter Niyama, sou estudante de jornalismo e desde cedo eu gostava de ler. Tenho um gosto bastante diversificado, embora tenha mais facilidade com fantasia. Tenho grande inspiração em autores como Neil Gaiman, George R. R. Martin, Philip Reeve e a brasileira Renata Ventura. Gosto de séries, filmes, graphic novels e das artes em geral.

1 – Você é um autor nacional, relativamente novo no mercado editorial e os seus trabalhos abordam o terror, mistério e suspense, entre outros. Quais as dificuldades que você percebe para entrar no mercado editorial brasileiro? Já sofreu preconceito?
R: As dificuldades que eu percebo logo de cara são financeiras. Há claro o desafio de uma editora te aceitar, provavelmente não darão bola para você se você for um desconhecido completo, mas não posso dizer muito porque nunca tentei de fato com as grandes. Fui logo de cara para onde me indicaram, as editoras que focam em autores novos e nacionais, e para mim foi relativamente fácil aceitarem meus rascunhos. O problema está na quantidade de dinheiro que precisei pagar para publicar minha obra. E também conseguir que seu livro ganhe fama, que as pessoas o vejam e se interessem, criei uma conta no Instagram para isso, além de estar fazendo parcerias com blogs como o seu, mas requer um pouco de esforço e planejamento, e isso fica mais difícil quando precisa lidar com a faculdade. Veja bem, sou uma pessoa que nunca fui muito de me expor, rs. Sobre preconceito, talvez só pelo fato de ser um escritor nacional novato, as pessoas que não te conhecem podem achar que você não deve ter escrito algo tão bom sendo tão jovem, desconhecido, mas é algo que todo mundo quando começa, seja na literatura, música ou outra área enfrenta.

2 – Possui algum ritual de escrita? Em que hora do dia você sente que trabalha melhor? Você tem algum ritual de preparação para a escrita? Você tem uma meta de escrita diária? Conta para gente como funciona o processo de escrita dos seus livros?
R: Eu não acho que tenha um ritual específico. Eu simplesmente me sento ao computador e começo a escrever. Mas acho que a madrugada é o horário em que fico mais inspirado. Uma meta diária eu não tenho, tem dias em que escrevo dez páginas e dias em que não escrevo nada. O processo é simples, em algum momento eu tenho uma ideia, elaboro na cabeça alguns dos principais personagens, imagino como tudo começa e a partir disso começo a escrever. Em algum momento penso em eventos importantes e no final enquanto a escrita continua para conectar esses eventos e chegar ao fim. Ah, de vez em quando eu gosto de ouvir música enquanto escrevo e até penso “qual música combina com essa cena que vou escrever agora?”

3 – A história do livro “O Mistério dos Suicidas” é muito interessante, envolvente e está bem escrita, pretendo resenha-lo em breve no blog. Conta para gente como surgiu inspiração para escrever essa história?
R: De muitas coisas para ser sincero, haha. É preciso explicar que a história é a junção de dois projetos meus. O primeiro é o da CIP – Investigação Paranormal, em que me inspirei nos programas de investigação de fantasmas. 

Eu gostava muito de assistir o Bio, um canal do History Channel que focava em celebridades e figuras ilustres, acho que fechou ou meu plano de TV a cabo não tem mais. E nesse canal exibiam programas desse tipo, o meu favorito era o Famosos e Fantasmas. Tem um negócio que é o seguinte, quando eu não estou mais me divertindo ou sentindo prazer em escrever, eu abandono a história, e foi isso que fiz na época.
Já a segunda história era um projeto que, como o primeiro projeto eu abandonei, era uma história em quadrinhos de pessoas com superpoderes. Eu pensei em X-Men, embora seja mais parecido com Heroes, mas eu não via Heroes na época. Já o visual com o uniforme e o instituto me inspirei em Mistério de Anúbis. E de alguma forma Martin Mistery, o desenho que passava na Nikelodeon, também serviu de fonte. Eu escrevi algumas histórias antes do “O Mistério dos Suicidas”, e um dia eu me perguntei como seria legal escrever crossovers entre meus livros e pensei num em que o personagem do “CIP” encontrava com o das pessoas com superpoderes. Foi aí que decidi misturar as ideias e personagens num só livro, e de quebra fiz o Saulo ser primo dos irmãos Batista.

4 – Quanto tempo você demorou para criar os seus personagens e escrever a definição geral da história? Utiliza alguma técnica especifica que possa contar para os leitores que pretendem escrever algum dia?
R: Eu não demoro muito tempo para concebê-los, na mesma hora que tenho a ideia eu visualizo os personagens, isso leva só minutos. Agora, como eles serão de forma mais profunda, além do superficial, isso só aparece enquanto escreve e desenvolvo a história mesmo. A definição geral da história? Seria o tom? O que acontece de mais importante? O estilo? Mesma resposta de antes. Minha técnica é a de jardineiro como o Stephen King já citou. Eu não planejo tudo, muitas vezes estou na metade do livro, como foi o caso do “O Mistério dos Suicidas” e ainda não ter o final. Isso pode ser bom ou pode ser ruim, depende de como você vai estruturar tudo depois. Ah, e eu sempre busco escrever mais de cem páginas para cada livro. História com 99 páginas eu considero incompleta.

5 – Sobre o final dos personagens: quando começou a escrever o livro já sabia o destino de cada um dos protagonistas? E dos personagens secundários também?
R: Pelas respostas anteriores é possível notar que não, há, há, há. Nenhuma noção, só depois. Tanto para os protagonistas quanto para os secundários. Muitas vezes visualizo o destino do personagem em cima da hora, embora tenha tido vezes em que na metade do livro já sabia o que iria acontecer.



6 – Capa maravilhosa, diagramação perfeita, o seu livro está realmente um arraso. Como se sentiu quando o seu livro finalmente foi publicado?
R: Foi uma sensação de realização, sabe? Eu já tinha tentando publicar um livro antes e enfrentei problemas com coisa de contrato em que não me senti confiante o bastante para assinar. A PenDragon foi muito boa em acatar minhas demandas, sempre pedindo o razoável, claro. A capa quando eu vi pela primeira vez eu pensei “é isso, parece que tirou da minha mente, é como se fosse isso que eu quisesse esse tempo todo e não sabia”.

7 – Eu sei que você trabalha em parcerias, com instagrans e blogs literários, nem sempre os leitores gostam dos livros dos parceiros. Como você reage as críticas ao seu trabalho?
R: Por enquanto tenho tido críticas boas. Só uma que teve ressalvas, mas nada demais. Antigamente eu não conseguia lidar, meu coração até batia por causa da raiva que eu continha para ser educado. E também por saber que eu tinha que aceitar as críticas. Hoje sou bem calmo com isso e escuto para saber como melhorar como escritor.


8 – Quais são os seus próximos projetos literários? Pretende publicar outros livros/contos em breve?
R: Estou com muitos projetos pela frente. Esta Bienal vai ser bem louca, vou lançar um novo livro, “Guardiões de Sonhos – As Portas dos Pesadelos”, pela Coerência. Além de que estou participando de várias antologias que serão lançadas no evento. E também estou vendo com outra editora um livro mais para frente, nada muito pretensioso. 

9 – O blog está com um projeto que incentiva a leitura de livros nacionais e a compra dos livros. Indique para os nossos leitores cinco autores que você conhece.
R: Só cinco? Poxa vida, há, há, há. Raphael Miguel, Priscila Gonçalves, Felipe Saraiça, Thomas Oden e Renata Maggessi.

10 – Para terminar, deixe uma mensagem para todos os seus seguidores que estão lendo os seus livros.
R: Aos leitores eu digo boa leitura e espero que gostem do meu livro e também de tudo que forem ler futuramente. Incentivem os autores nacionais, tem muita gente boa que merece ter o trabalho reconhecido. Aos autores, boa sorte e lembre-se de receberem bem as críticas, ser positivos, acreditarem em seus projetos e também planejarem bem seus passos, sem hesitar em perguntar para autores já estabelecidos como entrar nesse mundo.

Contatos com o autor:
Por hoje é só pessoal! Espero que tenham gostado. Se tiverem alguma pergunta para o autor podem deixar nos comentários. Beijos e Abraços❤
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16 Comentários

  1. Respostas
    1. Obrigada Adriane, espero que consiga realizar a leitura de um dos livros dele em breve!

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  2. Olá!
    Que entrevista bacana. Não conhecia o autor, mas acho muito bom poder ter espaços pra conhecermos o trabalho do pessoal que está surgindo e graças as plataformas digitais temos muita gente boa conseguindo encantar ainda mais o público.
    Ser autor no Brasil não é muito fácil e muitas vezes sofrer com o preconceito e desvalorização né.
    Espero ler uma resenha dessa obra em breve.
    Beijos!

    Camila de Moraes

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    1. Concordo com você Camila, é complicado ser escritor no Brasil, a desvalorização da cultura está em crescimento e o preconceito literário também.

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  3. Oii Vivi.
    Como sempre amei sua entrevista.
    Super bem elaborada.
    Gostei bastante da proposta do autor e da maneira com o qual ele se coloca dentro do mercado editorial. Isso é realmente muito importante.
    Beijos.

    Blog: Fantástica Ficção

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    1. Olá Jess, como é bom encontrar você aqui!
      Apesar dele ser um escritor novo, gostei muito do pensamento dele sobre o mercado editorial, isso mostra como os jovens estão antenados nas novidades do mundo moderno...kkk

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  4. Oi, tudo bem? Não conhecia o autor, mas fiquei bem interessada no livro dele. Nunca li nada da editora e acho que, pelo trabalho editorial incrível, isso me encantou. Gostei muito da entrevista, ele escreve muito bem, o que é um superatrativo para mim - o que mais vejo nos novos autores é o péssimo português, o que me afasta bastante deles. Parabéns a ele! Vou querer comprar quando tiver oportunidade! :)

    Love, Nina.
    www.ninaeuma.blogspot.com

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    1. Oi Nina, amo encontrar você por aqui, sempre fico chateada quando encontro livros com erros grosseiros de português, porque sei os processos que ele precisa passar antes de ser impresso.

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  5. Oi, Viviane!
    É mto bom conhecer novos autores nacionais, é a primeira vez que leio a respeito do autor, mas já bateu aquela curiosidade de conferir seu livro. Sucesso a ele!
    Bjs
    Lucy - Por essas páginas

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    1. Obrigada Lucy, fico feliz que tenha gostado de conhecer o autor e espero que consiga dar uma chance para os livros dele.

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  6. Olá Viviane, eu não conhecia o autor e nem sua obra por isso adorei sua entrevista que me apresentou os dois *-* O livro O Mistério dos Suicidas parece estar bem bacana.

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    1. O livro é ótimo Jéssica, espero que possa dar uma chance para ele em breve.

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  7. Gostei muito do Walter Niyama e dei uma olhadinha no site do livro dele lá no Pendragon. Amo prestigiar os autores nacionais, e especialmente esse ano tenho lido bastante autores novos. Vou deixar a dica guardada!

    Marshmallow Com Café

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    1. Olá Yana, tudo bem?
      Fico feliz que esteja animada com os livros do Walter, ele é um autor novo e gostei do livro dele.

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  8. Olá, tudo bem?

    Confesso que não conhecia o autor e o livro, achei a capa bem bonita, ficou bem caprichada. Achei a sinopse e resenha interessantes, parece ser uma boa leitura. Parabéns pela resenha!
    Abraço!

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    1. Olá, Saga!
      Ele é um autor novo e a capa está bem interessante mesmo, espero que consiga realizar a leitura do livro em algum momento.

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