[Resenha 07] O Diário de Anne Frank - Anne Frank

Olá pessoal, tudo bem? Hoje vim conversar o Diário de Anne Frank que foi transformado em livro pela associação que possui os direitos autorais da obra. Eu gosto muito desse tipo de livros porque posso conhecer os pensamentos de outras pessoas e saber o que elas estavam sentindo naquele momento, pensamentos e opiniões são coisas que me interessam muito.

Sinopse: O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seu diário narra os sentimentos, os medos e as pequenas alegrias de uma menina judia que, como sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto. Lançado em 1947, O diário de Anne Frank tornou-se um dos livros mais lidos do mundo. O relato tocante e impressionante das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus faz deste livro um precioso documento e uma das obras mais importantes do século XX.|Autor:Anne Frank|Editora: Record|Páginas: 416|Ano:2014|

Eu comprei a edição de luxo publicada pela editora Record com capa dura e várias fotos e imagens dos personagens dentro, uma diagramação muito boa e folhas amareladas. Existem três versões do Diário de Anne: a versão A, original e sem edições (quando Anne escrevia apenas para si mesma), a versão B, reescrita em forma de romance por Anne (quando, após a solicitação do Ministro Bolkenstein na Rádio Orange, ela decide que publicará seu diário após a guerra) e a versão C, compilada por Otto Frank, uma junção editada das duas versões anteriores. A edição do Diário de Anne Frank de que trata esta resenha foi baseada em grande parte na versão B.

"Espero pode contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda." (Anne Frank).

Quando lemos essa frase percebemos que realmente estamos lendo um diário pessoal e íntimo contendo memórias e recordações de uma menina de doze anos, ou seja iremos conhecer o mundo onde ela vive apenas pelos olhos dela. Mesmo tendo muitas pessoas a sua volta com quem pode conversar Anne sente necessidade em escrever tudo no diário, principalmente os momentos mais importantes do seu dia e os seus sentimentos. 

Anne começa escrevendo esporadicamente como era a vida antes do anexo em casa, na escola, com os amigos, pensamentos que ela tinha sobre a guerra e algumas noticias que ouvia dentro de casa. Logo depois que se mudam para o anexo as anotações passam a ser praticamente diárias e começa falando os aspectos de cada uma das pessoas que moram lá e como eles se comportam na visão dela. Ela detalha cada uma das brigas que acontecem no anexo, como o a vida dela é chata e entediante, sobre os sonhos reais que ela anda tendo com a avó e com uma amiga, também fala dos estudos que ela e a irmã fazem todos os dias. 

"Fico pensando se todo mundo que divide uma casa acaba cedo ou tarde se desentendendo com os outros moradores. Ou será que demos azar?... A guerra vai continuar, independentemente das brigas e do desejo de liberdade e ar puro, por isso deveríamos tornar a nossa estada o mais agradável possível." (Anne Frank)

Quando ela resolve fazer amizade com o Peter para “ajuda-lo” a melhorar sua convivência no anexo à leitura do diário fica muito melhor, pois, ela começa a contar o seu dia como se fosse uma aventura que a deixa feliz e outras vezes chateada, porque a amizade se transformou em amor adolescente. É reconfortante saber que em meio a tantas confusões, medos e os perigos de estarem escondidos, eles deixaram um lugar para o amor. O amor que foi começando aos poucos e tomou conta deles por inteiro.

Minha Opinião!

Eu gostei muito de conhecer outra visão sobre essa história trágica e consegui entender os motivos para o pai da Anne ter deixado as partes do diário que falavam do relacionamento dela com a mãe fora da mídia por tanto tempo, ela tinha a mente de uma criança e entendia as coisas da maneira dela, onde as coisas que sua mãe fazia ou as repreensões que ela aplicava eram entendidas como falta de amor e arrogância pela menina. Recomendo muito a leitura desse livro para todos os interessados em histórias sobre a segunda guerra, mas as últimas páginas foram muito difíceis para mim, porque no momento em que acreditavam estarem salvos foram denunciados por algum desconhecido.